sexta-feira, 8 de julho de 2011

SALA DE ESTAR


1 da manhã e eu longe de pegar no sono. Mas eu preciso dizer que eu tô indo embora.

Aquela sala que um dia já foi nossa, onde eu fiquei todo esse tempo depois que você bateu a porta. O som da madeira ecoou por todo o apartamento, mas agora se apaga. Escuto outros ecos de outros apartamentos e de lugares ao ar livre, que me chamam cada vez mais alto. E só eu não ouvia...não queria ouvir.

E quando eu bater a mesma porta, vai ficar tudo ali, no vazio. Os móveis que foram embora no carreto, o ar que respiramos todo aquele tempo, os quadros pintados pela família, os desenhos infantis e as fotos no mural.

Não levo nada comigo além da nossa foto sorrindo no infinito. Talvez eu a queime em breve.

Mas por enquanto, prefiro não pensar sobre isso.

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